Orixás - Acervo Álvaro Santos

A representação dos orixás desempenha um papel central nas religiões de matrizes africanas, como o Candomblé e a Umbanda, servindo como uma manifestação visível e simbólica das forças da natureza e dos ancestrais divinizados. Esses elementos representam não apenas a conexão espiritual dos praticantes com os orixás, mas também a transmissão de ensinamentos éticos, valores culturais e narrativas que ajudam a preservar a identidade e a memória coletiva das comunidades afrodescendentes. Cada orixá possui características únicas, como cores, elementos da natureza e atributos, que se refletem em objetos sagrados, vestimentas e rituais, reforçando a ligação entre o humano e o divino.

Além disso, a presença dos orixás na arte, na música, na dança e na literatura destaca sua relevância como agentes de resistência cultural e afirmação identitária. Em um contexto histórico marcado por preconceitos e perseguições, a valorização desses símbolos e práticas ajudou a preservar saberes ancestrais e fortalecer comunidades que enfrentaram a diáspora africana. Assim, a representação dos orixás transcende a esfera religiosa, afirmando-se como uma expressão cultural rica e essencial para a manutenção das tradições e da diversidade cultural brasileira.

Os itens desta coleção constituem o Acervo Álvaro Santos, disponibilizados via Fundação Gregório de Matos, organizadas inicialmente por Carmem Macedo. A coleção possui ilustrações de Evan Alvez.